sábado, agosto 12, 2006

SOY TANGO
De volta ao eu espaço...
A escrita favorece-me e simplifica o que a minha vida tem de complicado!
Tinha já saudades de ouvir o murmumar das teclas à medida que vou deslindando o que de mais profundo vai na minha alma.
Este ano o Andanças foi diferente dos outros anos, foi muito mais gente e senti o meu espaço invadido por todos os lados por pessoas com outros propósitos que não aproveitar aquele espaço maravilhoso e aprender a sentir o ritmo na alma, a alma sempre presente em tudo como o ritmo que a faz continuar.
Assim, todas as vivências foram diferentes e nem por isso menos enriquecedoras...No entanto houve só algo que não me deixou seguir tranquila os passos de dança...a solidão que se instalou na minha alma e controla os meus pés, as minhas mãos, o meu corpo. É uma situação nova para mim, mas sei que no ponto em que estou esta solidão é interna e não externa,ou seja, não é por ter perdido amigas que na verdade não foram grandes amigas que me sinto desta maneira, é por estar perto de mudar de vida agora e ter medo de não ter feito as escolhas certas!
A este ponto, caras amigas, é-me indiferente que vocês me tenham abandonado, é-me completamente indiferente, porque a verdade é que antes de me abandonarem fisicamente, há já muito tempo que o tinham feito com a alma.
Este estado em que me encontro é momentameamente preenchido com pessoas que me querem bem, com sorrisos de desconhecidos, com risos de pessoas que espirram à nossa passagem. É preenchido com passos de dança, é preenchido por mim e pela minha força!Com palavras sábias de um amigo que me adora e me quer bem, é preenchido com amor.
Mas, é sobretudo preenchido com o sol que me nasce da janela e coloca nos braços a nova possibilidade de renascer todos os dias e de todos os dias me tornar um novo eu, revigorado e forte!
Forte,fortalecida como uma planta regada por todos os momentos de alegria que vivo sempre!
Obrigado ao sol por nascer todos os dias, obrigado a todos os que me fazem sorrir, até aqueles que nem me conhecem, ao que estão longe, aos que gostam de mim, obrigado a mim e obrigado a quem me deixou no momento certo!