quinta-feira, junho 30, 2005


The rhythm of her conversation
The perfection of her creation
The sex she slipped into my coffee
The way she felt when she first saw me
Hate to love and love to hate her
Like a broken record player.
"The sun" Maroon 5

terça-feira, junho 28, 2005



Egoismo...
És egoista quando me beijas,quando me tocas e depois foges.Quando as tuas mãos deslizam na minha cara,pelo meu corpo e depois me dizes que não queres mais.
És egoista,vejo nos teus olhos o egoismo do desejo,o egoismo da vontade.

Emagrecer,engordar,lipoaspirar,tratar,perfumar,maquilhar,arranjar,pentear....
Para quê?Apenas a Natureza possui e verdadeira beleza...a simplicidade.

sexta-feira, junho 24, 2005


Deambulaste comigo na minha loucura do abraço perfeito..."Gepeto fez para mim essa mulher"

segunda-feira, junho 20, 2005

Antes a cidade não tinha tantas subidas e tinha definitivamente mais passeios!Reparei também que o rio era mais espelhado e a relva bem mais verde...
Outras coisas mudaram,as paredes,os muros,as estradas,todos dizem o teu nome.Nas janelas a tinta escorre nas últimas letras e aviões no céu descrevem uma trajectória que me diz ser o teu nome.As rodas dos carros levam o teu nome e a relva cortada recentemente,que tem mesmo o cheiro de cortada,vista do alto só tem uma forma...o teu nome!
Nem sabes como confude o olhar estar a andar na rua e todas as pedras da calçada terem letrinhas pequeninas a vermelho com o teu nome!Todas as caras são a tua e todos os cheiros são o teu!!
Grito!Grito bem alto por me sentir devorada pelo teu nome que não desaparece,nas bandeiras a meia haste la está o teu nome...sempre o teu nome!O teu nome sempre a matar-me,a comer-me aos bocadinhos, a matar-me devagar...como um bicho da madeira que abre buracos ate a estrutura não ter força para estar de pé.

"E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!" Ornatos violeta

domingo, junho 19, 2005

Tento dizer tudo e não consigo dizer nada!Só penso e todos os pensamentos me fogem como aranhas desorientadas.
Penso em ti...claro!Penso em ti como a pessoa que me ensinou que um abraço pode ser perfeito e que me pôs a pensar como esse abraço pode ser perfeito e porquê.Puseste-me a pensar que os beijos podem ser mesmo doces,mesmo muito doces quando à minha volta só há hostilidade...porquê?O frio às vezes toca-nos não é?
Doí-me o estomago de pensar em ti,e lembro-me de tudo o que nos envolveu,vestidos e noites de "gala",és mesmo perfeito sem o saberes!Só não digas que eu sou boa demais para ti ou que não estas preparado...
Penso em ti...claro...

quinta-feira, junho 16, 2005

ADEUS

Já gastámos as palavras pela rua,meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias:os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco,mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo:meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto,antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

Eugénio de Andrade in "Os amantes sem dinheiro"
Demoras...demoras-te nesse abraço enquanto tens os olhos fechados...perdes-te em mim como se nunca mais te pudesses encontrar,como se estivesses perdido numa ilha.
Mexes-te devagar, a analisar cada movimento teu como se fosse meu, a respirar como se faltasse o ar.
Perdes-te e perdes-me...em ti, em mim...num sonho arrogante e tépido. Respira...abre os olhos e encontra a beleza da luz da noite.