segunda-feira, fevereiro 28, 2005

UM BEIJO,MEIO BEIJO

Vivemos com as memórias que guardamos. Elas encontram-se vivas na nossa pele, nas nossas rugas e nos cheiros que temos e levamos connosco. Sempre que andamos pela rua num dia carregado e ventoso, as nossas memórias surgem à flôr da pele para nos proteger do frio, e em cada rosto que se cruza por nós lembramo-nos de coisas passadas mais ou menos recentes.
Cheguei hoje a casa com memórias recentes que me lavam a alma devagarinho e que não me deixam ficar só, por mais sozinha que me encontre. Assim, o vento funciona como o tempo que vai curando as feridas que ainda me doiam na alma, já não doem... Essas memórias são agora pó que forram a alma e servem de alicerces para as memórias presentes e acontecimentos futuros.
Essas memórias foram apagadas por meio beijo...