segunda-feira, dezembro 05, 2005


Diz-me,Amor,como te sou querida,
Conta-me a glória do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,
Arranca-me dos pântanos da vida.

Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito,
Mostra-me a luz,ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!

Nesta negra cisterna em que me afundo,
Sem quimeras,sem crenças, sem ternura,
Agonia sem fé de um moribundo,

Grito o teu nome numa sede estranha,
Como se fosse,Amor, toda a frescura
Das cristalinas águas da montanha!

Florbela Espanca

3 Comments:

Blogger Ana said...

Florbela Espanca, mulher de grandes e destruidores amores, sofredora esta mulher transmite tudo o que sente em belas e suaves palavras que me fazem pensar se algum dia vou ter que sofrer de amor assim por um homem...=) por ti ja é amor, amor que tem como pilares a amizade!
amor amo-te muito

9:43 da tarde  
Blogger catarina said...

rita, eu espero que nunca sofras assim por um homem porque, este homem, era, nada mais nada menos que... primo dela :)

7:52 da tarde  
Blogger Cantinho do Olho said...

nao era irmao?

2:30 da tarde  

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