Diz-me,Amor,como te sou querida,
Conta-me a glória do teu sonho eleito,
Aninha-me a sorrir junto ao teu peito,
Arranca-me dos pântanos da vida.
Embriagada numa estranha lida,
Trago nas mãos o coração desfeito,
Mostra-me a luz,ensina-me o preceito
Que me salve e levante redimida!
Nesta negra cisterna em que me afundo,
Sem quimeras,sem crenças, sem ternura,
Agonia sem fé de um moribundo,
Grito o teu nome numa sede estranha,
Como se fosse,Amor, toda a frescura
Das cristalinas águas da montanha!
Florbela Espanca
3 Comments:
Florbela Espanca, mulher de grandes e destruidores amores, sofredora esta mulher transmite tudo o que sente em belas e suaves palavras que me fazem pensar se algum dia vou ter que sofrer de amor assim por um homem...=) por ti ja é amor, amor que tem como pilares a amizade!
amor amo-te muito
rita, eu espero que nunca sofras assim por um homem porque, este homem, era, nada mais nada menos que... primo dela :)
nao era irmao?
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